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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO

FUNDAÇÃO E EMANCIPAÇÃO

 

O primeiro homem civilizado que pisou nas paragens foi o pioneiro Joaquim José de Sene no ano de 1843. Vindo de Faxinal, Estado de São Paulo, o Senhor Joaquim, atingindo o cume da Serra dos Pereiras, subiu nas pontas duma alta “Gameleira” e avistando as Serras da Boa Vista, do Salto Bonito e da Guabiroba e ligando-as de vistas a que estava debaixo de seus pés, “tomou posse” de toda área de chão num total de alguns mil alqueires, compreendida nos limites da linha divisória que traçou a olhos.

 

Dali há cinco anos, em 1848. Joaquim José de Sene trocava sua posse com o Bandeirante José Bernardo de Gouveia, por uma espingarda de carregar pela boca. Mais tarde, Gouveia vendia a posse aos irmãos Miguel Joaquim e Francisco de Paula pela importância em dinheiro de réis 700.000.000 (setecentos mil réis).

 

Miguel Joaquim e Francisco de Paula também vendiam a posse depois para Domiciano Corrêa, de São José da Boa Vista e este após, vendia para os parentes de Miguel Joaquim e Francisco de Paula, residentes em Itaberá, Estado de São Paulo.

 

No ano de 1863, dos últimos, compravam a posse os Caetanos de Carvalho. Eram estes três irmãos: José Caetano de Carvalho, Caetano José de Carvalho e Inocêncio José de Carvalho e os cunhados dos mesmos, João de Oliveira Rocha e Pedro José Rocha. Vinham os Caetanos de Carvalho acompanhados de muitas mulheres, filhos, homens e mulheres totalizando 15 famílias compostas de cento e cinquenta (150) pessoas oriundas de Santo Antonio do Machado, São José e Dores de Alfenas, São Francisco de Paula do Machadinho e São João Batista do Douradinho, do sul da Província de Minas Gerais. Construindo os seus ranchões, a beira do ribeirão, nascia o povoado que foi chamado pelo Capitão Francisco José de Almeida Lopes (Tico Lopes) de São José da Boa Vista, de Colônia dos Mineiros, nome que em 1886, se constitui em Capela do Senhor Divino Espírito Santo da Colônia Mineira.

 

O que os arrancou da sua querida terra natal numa época sem crise alguma da natureza, foi o medo da famigerada Guerra do Paraguai que se antevia e da qual aqui falavam de pais para filhos e netos. Pois eram famílias numerosas com muitos filhos cada casal, muitos deles em idade de recrutamento para o serviço militar. Assustados, resolveram mudar apressados para o sertão, pois a qualquer hora poderia iniciar-se a guerra. Nos  anos seguintes vieram mais famílias e assim o povoado, denominado de Colônia Mineira – Município de Tomazina, foi crescendo.

 

Em cumprimento a promessa feita ao Divino Espírito Santo, durante a viagem, pedindo a sua proteção para chegarem bem até o sertão, doaram 32 (trinta e dois) alqueires de terra ao Divino Espírito Santo e levantaram uma capelinha de barro, na qual entronizaram a “Pombinha Branca” como padroeiro do povoado.

 

Por volta de 1909, com a morte do Presidente Afonso Moreira Pena, a Câmara Municipal de Tomazina deu à Colônia o nome de Penápolis, em sua homenagem. Este nome foi conservado até que a Lei nº 1..918 de 23 de fevereiro de 1920, criou o município com sua emenda fazendo voltar o antigo nome de Colônia Mineira. Também em 1920, precisamente em 23 de setembro de 1920, tomaram posse: o primeiro Prefeito, Coronel José Inocêncio dos Santos, e a Câmara Municipal de Colônia Mineira, eleitos no último dia 21 de junho.

 

Com o evento da Revolução de 1930, pelo Decreto nº 323 de 05 de novembro de 1930, do interventor do Estado General Mário Tourinho, o nome de Colônia Mineira mudou para Siqueira Campos. Isto em homenagem ao bravo militar, Tenete Antonio Siqueira Campos, natural de Rio Claro – São Paulo, o heróico sobrevivente do Levante dos 18 do Forte de Copacabana, falecido em um desastre de avião em 10 de maio de 1930.

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